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Calor Mortal: O Impacto das Altas Temperaturas na Saúde dos Brasileiros e Como se Proteger
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado ondas de calor cada vez mais intensas, resultando em um aumento significativo de mortes relacionadas às altas temperaturas. Em fevereiro de 2025, o Rio de Janeiro registrou sua temperatura mais alta em uma década, atingindo 44°C no bairro de Guaratiba. A sensação térmica, agravada pela umidade, chegou a oscilar entre 50°C e 70°C. Além disso, 44 cidades brasileiras registraram temperaturas acima de 30°C, e sete estados emitiram alertas de calor extremo.
Estudos indicam que as altas temperaturas estão diretamente relacionadas ao aumento da mortalidade, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas. Uma pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) revelou que, no Rio de Janeiro, temperaturas acima de 40°C durante quatro horas ou mais estão associadas a um aumento de 50% na mortalidade por doenças como hipertensão, diabetes e insuficiência renal entre idosos.
A vulnerabilidade a eventos extremos de calor não é uniforme. Grupos como idosos, mulheres, pessoas negras e pardas, além daqueles com menor escolaridade, são os mais afetados. Entre 2000 e 2018, aproximadamente 48 mil brasileiros morreram devido a ondas de calor, número superior ao de mortes por deslizamentos de terra no mesmo período.
Regiões como o norte de Minas Gerais e cidades do Mato Grosso do Sul, como Porto Murtinho, têm registrado temperaturas extremas, com máximas históricas de até 44,8°C. Essas áreas enfrentam desafios adicionais, como secas prolongadas e aumento de incêndios florestais, agravando ainda mais a situação.
Para minimizar os riscos associados ao calor extremo, é fundamental adotar medidas preventivas:
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Hidratação constante: Beber água regularmente para evitar desidratação.
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Ambientes frescos: Permanecer em locais ventilados ou climatizados, especialmente durante as horas mais quentes do dia.
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Roupas adequadas: Utilizar vestimentas leves e de cores claras.
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Atenção a grupos de risco: Monitorar regularmente idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.
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Evitar exposição direta ao sol: Principalmente entre 10h e 16h.
Além das medidas individuais, é crucial que as autoridades implementem políticas públicas eficazes, como a criação de abrigos climatizados, campanhas de conscientização e melhorias na infraestrutura urbana para reduzir as "ilhas de calor". Somente com ações coordenadas será possível enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e proteger a saúde da população brasileira.
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