Todo governo é controlador, seja de direita ou esquerda, não confio em nenhum deles para começo de conversa. Mas vamos falar de moeda digital governamental. O avanço da tecnologia financeira trouxe à tona discussões sobre o papel das moedas digitais no mundo moderno. De criptomoedas descentralizadas, como o Bitcoin, a moedas digitais emitidas por bancos centrais as CBDC, essas inovações prometem revolucionar a economia global. Mas o perigo mora ao lado, ao mesmo tempo em que oferecem benefícios como eficiência e inclusão financeira, as moedas digitais também levantam preocupações sobre privacidade, liberdade individual e, especialmente, seu potencial como instrumento de controle social. Não queria falar sobre isso, mas vou explorar tudo sobre como as moedas digitais podem ser usadas para monitorar, influenciar e até restringir o comportamento das pessoas, analisando os mecanismos que tornam isso possível e as implicações para a sociedade.
Primeiro entenda o que é uma moeda digital?
Antes de eu falar o que está preso em minha garganta relacionado ao tema do controle social, é importante definir o que caracteriza uma moeda digital. Diferentemente do dinheiro físico, como notas e moedas, uma moeda digital existe apenas em formato eletrônico e é registrada em sistemas digitais. Ela pode ser descentralizada, como no caso das criptomoedas baseadas em blockchain, ou centralizada, como as CBDCs, que são emitidas e reguladas por governos ou bancos centrais. Enquanto as lindas e maravilhosas criptomoedas priorizam anonimato e independência de intermediários, as CBDCs são projetadas para integrar-se aos sistemas financeiros existentes, oferecendo aos governos maior supervisão sobre as transações.
A promessa da falsa eficiência e os dados gerados
Um dos principais argumentos para convencer os bobos e que é a favor das moedas digitais é sua capacidade de tornar as transações mais rápidas, baratas e acessíveis. Por exemplo, uma CBDC poderia eliminar a necessidade de intermediários bancários, reduzir custos de processamento e facilitar a distribuição de benefícios sociais. No entanto, essa eficiência vem acompanhada de um aumento exponencial na coleta de dados. Cada transação realizada com uma moeda digital deixa um rastro eletrônico que pode ser armazenado, analisado e associado a um indivíduo. Em um sistema de CBDC, por exemplo, o governo ou o banco central poderia ter acesso em tempo real a informações detalhadas sobre como, quando e onde o dinheiro é gasto.
Aparentemente não é negativa e isso muitos vão se convencer. Pode ajudar a combater crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e evasão fiscal, ao permitir que as autoridades rastreiem fluxos ilícitos com maior precisão. Por outro lado maligno do capeta, o mesmo mecanismo que torna isso possível também abre as portas para um nível sem precedentes de vigilância sobre os cidadãos e isso é pra lascar a gente, fala sério.
Todo mundo na coleira igual cachorro: o poder de monitorar e punir as vezes injustamente
O controle governamental ocorre quando uma entidade — O Estado ou uma instituição poderosa — utiliza ferramentas para moldar o comportamento da população, seja por meio de incentivos, restrições ou punições. Com uma moeda digital centralizada, esse controle pode ser exercido de maneiras sutis ou explícitas. Aqui estão alguns exemplos de como isso poderia funcionar:
1.Controlar tudinho que você consome. Com acesso aos dados de transações, governos poderiam identificar padrões de comportamento, como compras de certos produtos (álcool, tabaco, alimentos não saudáveis) ou apoio a causas específicas (doações para organizações políticas). Essas informações poderiam ser usadas para classificar indivíduos em categorias de "risco" ou "conformidade".
2. Controlar seus gastos do jeito deles: Uma moeda digital programável permite que regras sejam embutidas no próprio dinheiro. Por exemplo, o governo poderia limitar o uso da moeda para certos tipos de compras ou proibir transações em determinados locais ou horários. Durante a pandemia de COVID-19, alguns países consideraram sistemas digitais para garantir que benefícios sociais fossem gastos apenas em itens essenciais, agora imagine se isso acontecer hoje, mas sem a pandemia.— uma ideia que, embora prática, demonstra como o controle pode ser implementado.
3. Se discorda do sistema vai ficar de fora: Em um sistema totalmente digital, o acesso ao dinheiro poderia ser condicionado ao cumprimento de normas sociais ou legais. Um governo autoritário ou não, pois muda de governo sempre e sabemos que todos são autoritário, uns mais outros menos, esses tipos de governos, por exemplo, poderia bloquear carteiras digitais de dissidentes políticos ou impor multas automáticas por infrações detectadas em tempo real, como excesso de velocidade registrado por câmeras inteligentes.
4. Pontuação para cidadãos bons e ruins: Inspirado em sistemas como o Crédito Social da China, uma moeda digital poderia ser integrada a um mecanismo de recompensas e punições. Cidadãos "bem-comportados" poderiam receber taxas de juros mais baixas ou bônus em suas contas, enquanto aqueles considerados "desviantes" enfrentariam limitações financeiras. Isso é bizarro.
Saiba mais da China e o yuan digital é de deixar o cabelo em pé.
Um caso famoso e prático que ilustra esse potencial é o yuan digital, ou e-CNY, que a China vem desenvolvendo e testando desde 2014. O país já possui um dos sistemas de vigilância mais avançados do mundo, combinando reconhecimento facial, inteligência artificial e o já mencionado sistema de Crédito Social. O yuan digital complementa essa infraestrutura ao eliminar o anonimato proporcionado pelo dinheiro físico. Embora o governo chinês afirme que o objetivo é aumentar a eficiência e combater a corrupção, críticos apontam que a moeda dá às autoridades um controle ainda maior sobre a vida dos cidadãos, permitindo rastrear cada transação e vinculá-la a um indivíduo.
Fim do dinheiro físico e começo de um inferno na terra.
Para mim, liberdade e privacidade é tudo e um dos debates centrais em torno das moedas digitais é o impacto sobre a privacidade. O dinheiro em espécie, por sua natureza física e anônima, oferece uma forma de transação que escapa ao olhar das autoridades. Com a substituição gradual do papel-moeda por sistemas digitais, essa liberdade desaparece. Para alguns, isso é um preço justo a pagar por uma economia mais segura e moderna. Para outros, é o primeiro passo em direção a uma distopia onde cada aspecto da vida financeira — e, por extensão, pessoal — está sob escrutínio constante.
A nossa salvação, um aviso divino para você
Nem todas as moedas digitais são ferramentas de controle. Criptomoedas como o Bitcoin surgiram com a promessa de devolver o poder financeiro aos indivíduos, funcionando fora do alcance de governos e bancos. No entanto, sua adoção em larga escala enfrenta desafios, como volatilidade e falta de regulação, o que limita seu uso como alternativa viável às CBDCs. Além disso, governos poderiam restringir ou banir criptomoedas para consolidar o controle sobre sistemas digitais centralizados, isso se não dermos tempos para eles implantarem as moedas demoníacas deles. Basta todos nós adotar o Bitcoin e pronto, resolvido todos os problemas do mundo.
Minha explicação certa final
A moeda digital é uma faca de dois gumes, o verdadeiro inferno para aprisionar você. Por um lado, oferece benefícios claros, como eficiência econômica e inclusão financeira. Por outro, seu potencial como ferramenta de controle social não pode ser ignorado. A capacidade de monitorar, restringir e punir por meio de um sistema financeiro digitalizado dá às autoridades um poder sem precedentes sobre os indivíduos, levantando questões éticas sobre privacidade e liberdade. O futuro das moedas digitais dependerá de como a população vai aceitar ou rejeitar, se aceitar lasca tudo, se rejeitar deverá aceitar o Bitcoin e salvar o mundo desses vermes governamentais.
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