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Consegui desbloquear meu celular depois de esquecer a senha graças a uma simples ajuda
Já sentiu aquele desespero gelado na boca do estômago quando percebe que não consegue acessar seu próprio celular? Pois é, amigos. Eu, Roger, sou aquele cara. O cara das senhas esquecidas.
Minha relação complicada com senhas
Renata, minha esposa, não cansa de me chamar de esquecido. E com razão! Desde que me conheço por gente, tenho essa relação turbulenta com senhas. Crio, esqueço, sofro, repito. É como se meu cérebro tivesse um botão automático de "apagar senha" que é ativado assim que termino de criá-la.
Lembro quando o Orkut bombava e criei minha primeira rede social. Cara, não durou nem três dias! Lá estava eu, olhando pra tela de login como quem olha um cofre trancado com todas as minhas economias dentro. Sem acesso, sem memória, só com aquela sensação de buraco no peito.
O dia em que o mundo parou (ou pelo menos o meu)
Semana passada, acordei cedo pra responder umas mensagens de trabalho. Peguei meu celular ainda com aquela cara de sono, os olhos semicerrados, e... nada. A senha simplesmente tinha evaporado da minha cabeça. Tentei todas as combinações possíveis que costumo usar - aniversário da Renata, nossa data de casamento, até o número da minha antiga casa.
Mano, que sufoco! Senti o suor escorrendo pela testa enquanto cada tentativa dava errado. Depois da quinta tentativa, o aparelho me bloqueou por 30 segundos. Depois de mais erros, 5 minutos. Quando chegou a 30 minutos de bloqueio, quase tive um treco.
Era como carregar um tijolo de concreto no peito. Todo meu trabalho, fotos do nosso último passeio na praia, conversas com meus pais que moram longe... tudo preso naquele aparelhinho que não me reconhecia mais como dono.
A salvação tem nome (e só 17 anos)
"Tio, deixa eu dar uma olhada nisso aí."
Fábio, meu sobrinho, chegou pra almoçar com a gente naquele domingo. Enquanto eu mastigava sem sentir o gosto da comida, ainda angustiado com o celular bloqueado, o moleque esticou a mão como quem não quer nada.
"Que técnica você vai usar? Já tentei tudo", falei desanimado, pensando que teria que resetar o aparelho e perder tudo.
Ele sorriu daquele jeito que só adolescente que sabe mais que adulto consegue sorrir. "Tenho um método que desenvolvi. Funciona na maioria dos casos."
A técnica inédita do Fábio
Putz, fiquei tipo: "Como assim? Esse menino inventou alguma coisa que as empresas de tecnologia não conhecem?" Mas juro, naquele momento eu tava disposto a acreditar até em mágica.
O Fábio pediu meu computador e começou a fazer umas coisas que, sinceramente, parecia que tava invadindo a NASA. Conectou o celular por cabo, abriu um programa que nunca tinha visto, digitou comandos que pareciam de filme de hacker.
"Tá vendo, tio? O problema é que seu celular registra padrões de tentativas de senha. Quando você fica nervoso, digita de um jeito diferente, mais rápido e errático. O sistema interpreta como uma possível invasão e aumenta o bloqueio."
Fiquei de cara, na moral. O moleque falava como um professor universitário.
"O que estou fazendo é acessar o cache de memória onde ficam armazenados seus padrões habituais de digitação. Com esses dados, posso criar um algoritmo que tenta combinações baseadas na sua maneira usual de criar senhas."
O momento da verdade
Durante uns 20 minutos, o Fábio trabalhou concentrado, enquanto eu mordia as unhas do lado. A Renata passava de vez em quando, balançando a cabeça como quem diz "tá vendo no que dá?".
De repente, o celular vibrou e a tela inicial apareceu. APARECEU! Sem pedir senha!
"Consegui, tio! A senha era 'Re250815'. Inicial da tia Renata e data do casamento de vocês, mas invertida."
Não sei o que me deu mais vergonha: ter esquecido uma senha tão óbvia ou um adolescente ter descoberto com tanta facilidade algo tão pessoal.
O alívio e a lição
Sério! Fiquei tipo: "Como assim?" Uma mistura de alívio gigante com uma pontinha de constrangimento. Ver todas as fotos, contatos e documentos de novo foi como recuperar um pedaço de mim que tinha sido arrancado.
Naquela noite, sentei com o Fábio e pedi que me ensinasse alguns truques para nunca mais passar por isso. Ele me mostrou aplicativos de gerenciamento de senha e me ensinou a criar um sistema que funciona melhor pro meu cérebro esquecido.
"Tio, você precisa criar uma senha que conte uma história pra você. Algo que seu cérebro visualize, não só memorize números e letras."
O que aprendi com tudo isso
Hoje, três semanas depois, ainda estou usando o mesmo sistema que o Fábio me ensinou. Criei senhas que são como pequenas histórias pessoais, e por incrível que pareça, não esqueci nenhuma até agora.
Fico pensando como um adolescente de 17 anos acabou se tornando mais sábio que eu em tantos aspectos. A vida tem dessas coisas, né?
Se você também é um desastre com senhas como eu, tenta esse lance de transformar suas senhas em histórias visuais. E se tudo der errado... bem, tenta arranjar um sobrinho gênio da computação.
E lembre-se sempre: por trás de cada tecnologia complicada, tem sempre um moleque que nasceu já sabendo como resolver o problema.
E você, já passou por algum sufoco desses com seu celular? Deixa nos comentários sua história - prometo que vou ler pra me sentir menos sozinho nessa!
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