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Destaques

Livrei meu celular de vírus sem precisar formatar com um método inédito

Putz grila, nunca pensei que ia passar por essa situação! Tô rindo de nervoso só de lembrar do sufoco que passei. Sabe quando você se sente um completo mané por cair numa furada que poderia ter evitado? Pois é. Sempre fui daqueles que adora baixar joguinhos novos. Qualquer tempinho livre, lá estava eu fuçando em sites e baixando o que parecia legal. "Ah, que mal pode ter?" - pensava eu, completamente inocente. Até que o karma bateu na minha porta sem pedir licença. O dia que percebi que tinha algo errado Tava eu lá, tranquilão, quando de repente meu celular começou a ficar mais lento que tartaruga com preguiça. A tela travava do nada, aplicativos fechavam sozinhos e, pra completar o pacote de desespero, o aparelho resolveu que ia desligar e reiniciar quando bem entendesse. No começo achei que era só cansaço do coitado - afinal, ninguém é de ferro, né? Mas quando a situação foi piorando, caiu a ficha: meu celular tava com vírus! E não era um virusinho qualquer, não. Era d...

Não Aprenda Programação Hoje, Pois Está Saturado e Vou Te Provar e Contar o Que Eu Vivi.

O dia em que meu mundo desabou

Aquela manhã começou como qualquer outra. Eu já estava na mesa da varanda saboreando minhas frutas da primeira alimentação matinal, orgulhoso dos meus anos de experiência em programação, quando minha esposa Renata apareceu com aquele olhar de quem tinha descoberto algo revolucionário.

"Amor, olha só o que eu encontrei!", disse ela, quase derrubando o notebook no balcão de tanta empolgação.

Lá estava Renata, que sempre franziu a testa quando eu falava de tags HTML ou loops em PHP, mexendo em uma plataforma que eu nunca tinha visto antes. Em menos de três minutos – sim, eu cronometrei, porque simplesmente não conseguia acreditar – ela tinha montado um site completo em PHP com sistema de login, banco de dados e até uma área administrativa funcional.

Meu queixo caiu. Literalmente. Aquilo não podia ser verdade.

"Como você...? Mas você nunca...?", gaguejei enquanto ela sorria com aquela expressão de "não é grande coisa".

"É só arrastar e soltar, bobo. A inteligência artificial faz todo o trabalho pesado."

Quando a ficha começa a cair

Sentei-me ao lado dela, um tanto cético, um tanto apavorado. Quinze anos de carreira passaram como um flash diante dos meus olhos. Noites em claro debugando código, cursos caríssimos para aprender frameworks, centenas de tutoriais salvos como favoritos... tudo para uma criança de cinco anos poder fazer o mesmo que eu sem precisar saber o que é uma variável?

"Deixa eu tentar", falei, tomando o notebook das mãos dela como quem não quer perder o último trem.

Em cinco minutos – e olha que sou detalhista – tinha montado um sistema de cadastro com validação de dados, integração com API de pagamento e um dashboard personalizado. Tudo sem digitar uma linha de código.

Senti um nó na garganta. Como explicar para o meu eu de dez anos atrás, que passou noites estudando para entender recursividade, que no futuro bastaria apenas "descrever o que você quer" para uma máquina e pronto?

A gota d'água: nosso filho Theo

"Vamos ver se o Theo consegue", sugeriu Renata, com aquele brilho no olhar que misturava curiosidade maternal com um toque de perversidade científica.

Theo, nosso pequeno gênio autista de cinco anos, que conhece todas as espécies de dinossauros mas ainda luta para amarrar os cadarços, sentou-se concentrado diante da tela. Suas mãozinhas, que normalmente agitam-se nervosamente quando está ansioso, moviam-se com precisão cirúrgica pelo trackpad.

"Quero fazer um jogo de dinossauros", disse ele, com aquela seriedade que só as crianças conseguem ter quando estão totalmente absortas.

Em menos de dez minutos – juro pela minha coleção de livros de programação que agora pareciam enciclopédias obsoletas – Theo tinha criado um jogo simples, mas perfeitamente funcional, onde um T-Rex saltava sobre obstáculos. Sem código. Sem frustrações. Sem Stack Overflow.

O elefante na sala: o que fazemos agora?

Naquela noite, deitados na cama e olhando para o teto, eu e Renata tivemos uma daquelas conversas que mudam a perspectiva da vida.

"É como se eu tivesse passado anos aprendendo a fazer fogo com gravetos, e de repente alguém inventasse o isqueiro", desabafei.

Renata, com aquela sabedoria que sempre me surpreende, respondeu: "Mas pensa bem... quem vai criar essas ferramentas? Quem vai entender como elas funcionam quando quebrarem? Talvez não precisemos mais de pessoas que sabem fazer sites básicos, mas precisaremos de pessoas que entendam como tudo isso funciona por baixo dos panos."

Era como carregar um concreto molhado no peito – aquela sensação de peso, de mudança irreversível, mas também de possibilidades sendo construídas.

A verdade incômoda sobre o futuro da programação

Passei a semana seguinte em uma espécie de crise existencial profissional. Observei colegas programadores, alguns ainda comemorando cada pequena automação que faziam, sem perceber que estavam basicamente ensinando máquinas a substituí-los.

A verdade é que estamos vivendo um divisor de águas. Não é só sobre programação – é sobre como pensamos em criação, em trabalho, em valor.

Hoje, qualquer pessoa com acesso à internet pode criar um site ou aplicativo em questão de minutos. Amanhã, talvez possamos projetar sistemas inteiros apenas descrevendo o que queremos que aconteça. E depois? O que sobra para nós, humanos, fazermos?

Entre o medo e a libertação

Conversei com um amigo programador veterano, daqueles que começou na época dos cartões perfurados, e ele me deu uma perspectiva que me acalmou um pouco.

"Quando surgiu o Excel, todo mundo achou que contadores iriam perder o emprego. Quando surgiram as calculadoras, os matemáticos entraram em pânico. Mas o que aconteceu? As profissões se transformaram, evoluíram. O mesmo vai acontecer com a programação."

Talvez ele tenha razão. Talvez estejamos apenas testemunhando a democratização do acesso à criação digital. Assim como hoje qualquer pessoa pode escrever um texto sem ser escritor profissional, talvez estejamos caminhando para um mundo onde qualquer pessoa possa criar software sem ser programador.

O que realmente importa agora?

Depois de todo esse turbilhão, cheguei a algumas conclusões que quero compartilhar com você:

  1. Aprender a programar no sentido tradicional talvez não seja mais o diferencial que já foi. As ferramentas de IA estão se tornando cada vez mais poderosas e acessíveis.

  2. O verdadeiro valor está em entender problemas complexos, em pensar de forma sistêmica, em imaginar soluções que ainda não existem.

  3. A criatividade, a empatia e a capacidade de trabalhar com outras pessoas continuam sendo habilidades que nenhuma máquina consegue substituir completamente.

  4. Precisamos repensar como ensinamos tecnologia para as próximas gerações. Talvez o foco não deva ser mais em sintaxe e linguagens específicas, mas em lógica, design thinking e resolução criativa de problemas.

Um novo amanhecer

Na semana passada, vi Theo e Renata sentados juntos no sofá, criando um aplicativo educativo sobre os dinossauros que ele tanto ama. Observei como ambos estavam felizes, criativos, orgulhosos do que estavam construindo juntos.

E então percebi: talvez o futuro não seja tão assustador assim. Talvez estejamos apenas testemunhando a evolução natural da relação entre humanos e tecnologia. Uma evolução que nos liberta das tarefas repetitivas e técnicas para nos concentrarmos no que realmente importa: criar, conectar, imaginar.

Não digo que você não deva aprender programação. Digo apenas que você precisa entendê-la como um meio, não como um fim. A verdadeira habilidade do futuro não é saber como dizer a um computador o que fazer, mas sim saber o que vale a pena ser feito.

No final das contas, é isso que nos diferencia das máquinas, não é mesmo?

E você, já parou para pensar em como sua profissão será transformada pela inteligência artificial? Compartilhe nos comentários sua visão sobre esse futuro que já chegou!

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